Apoio para Filhos de Pais Separados e/ou divorciados


Localização:
Porto e Vila Real



Introdução:

Hoje em dia, o divórcio e a separação tornou-se cada vez mais frequente. Quando existem filhos do casal em separação, muitos desafios se colocam, principalmente no que diz respeito ao seu bem-estar. Uma situação de separação dos pais pode originar mal-estar psicologico, problemas de aprendizagem, alterações de comportamento, pondo em causa o desenvolvimento adequado das crianças. Neste sentido, oferecemos uma intervenção dirigida a filhos de pais separados e/ou divorciados cujo objectivo principal é a prevenção destes problemas. Mesmo que as crianças não apresentem problemas de ordem emocional ou de aprendizagem esta intervenção pode prevenir dificuldades futuras.

Objectivos:

Promoção da saúde com o objectivo de enfrentar de uma forma funcional as situações que induzem stress ou dificuldades de ajustamento, nomeadamente desenvolvendo a comunicação, as capacidades de resolução de problemas, enquadrar as experiências afectivas e melhorar as possibilidades de apoio.


Organização:

Programa Individual : Todas as sessões são realizadas individualmente
Programa Grupal: Número mínimo de 5 crianças para inicio da intervenção. Máximo de 8 elementos por grupo. As sessões iniciais de avaliação são realizadas individualmente.
Duração das sessões: 60 a 90 minutos, semanalmente

Sessões 1, 2, 3: Entrevista e avaliação psicológica. Informação aos pais acerca dos resultados.
Sessão 4: Divórcio e mudanças
Sessão 5: Divórcio e transformações familiares
Sessão 6: Sentimentos relacionados com o divórcio - Tristeza
Sessão 7: Sentimentos relacionados com o divórcio - Medo
Sessão 8: Sentimentos relacionados com o divórcio - Raiva
Sessão 9: Sentimentos e comportamentos perante o silêncio dos pais
Sessão 10: Situações do dia a dia: Vivendo com pais separados
Sessão 11: Vivendo num mundo em mudança
Sessão 12: Fontes de apoio
Sessão 13: Conclusão do processo

Resultados Esperados:

A investigação tem demonstrado que esta intervenção oferece " um contexto flexível e favorável que ajuda a criança ou o adolescente “normalizar” a situação, romper segredos, diferenciar aspectos sobre os quais tem ou não controle. Pode, assim, reforçar o lócus de controle interno, favorecendo a compreensão de processos e motivações envolvidas e elaborar os sentimentos subjacentes – principalmente tristeza, medo, raiva e culpa – atuando sobre as perdas e mobilizando novas fontes de apoio.
Uma avaliação quantitativa por meio de escalas padronizadas - Inventário de Ansiedade Traço-Estado (Biaggio, 1983); Escala de Stress Infantil (Lipp e Lucarelli, 1998); Transtornos de Déficit de Atenção (Benczik, 2000) - têm sido realizada nos grupos em escola. Imediatamente e após 6 meses de intervenção, identificou-se redução de depressão e ansiedade, melhora no desempenho escolar e nos relacionamentos em geral (Fillipini, 2003).
Nossa prática levou-nos a conclusão de que os grupos de apoio constituem trabalho preventivo privilegiado, pois possibilitam o conhecimento da situação, facilitam a elaboração dos sentimentos contraditórios vivenciados, fomentam o diálogo (inclusive o familiar) e a elaboração da crise, prevenindo maiores comprometimentos
"
In Souza, R.M., (2005) . GRUPOS DE APOIO PARA FILHOS DE PAIS SEPARADOS E DIVORCIADOS. Trabalho apresentado no II Congresso Hispano-Portugues de Psicologia

Honorários:
Programa Individual: 40 euros por sessão (13x40 = 520 euros)
Programa Grupal: 40 euros por sessão de avaliação (3x40=120) + 25 euros por sessão grupal (10x25= 250) Total: 370 euros

Os honorários podem ser pagos mensalmente, no inicio de cada mês.

Responsáveis:
Dra. Sónia Rodrigues
Licenciada em Psicologia pela Universidade de Coimbra
Mestre em Psicologia da Saúde pela Universidade do Porto
Detentora do Grau de Especialista em Psicologia Clínica pelo Ministério da Saúde

Dr. Victor Silva
Licenciado em Psicologia pela Universidade do Porto
Mestre em Psicologia do Comportamento Desviante pela Universidade do Porto


Contactos para inscrição e informações complementares:

victor.silva@tvtel.pt ou 966167563
965058714 (Vila Real)

Publicada porVictor Silva à(s) 15:11 1 comentários  

Futebol e Psicologia

A importância do Balneário. A chicotada psicológica. O grupo coeso. É preciso proteger a equipa. As estrelas da companhia. A pressão é importante. A pressão é demais. Não há pressão. É preciso pressão. O árbitro falhou. O árbitro acertou. O jogador não está bem. Paulo Bento tem condições. Paulo Bento não tem condições. Frases típicas quando discutimos ou vemos futebol. Mas será que estamos a ver mesmo o que achamos que estamos a ver quando assistimos a um jogo de futebol?

Há quem diga que se pode mudar de casa, de esposa, de carro, mas que não se muda de equipa de futebol. Até mesmo de religião se muda, mas se conseguisse com que um benfiquista se tornasse portista, eu ganharia certamente o Prémio Nobel da Psicologia, caso existisse.
A meu ver o futebol é uma demonstração do funcionamento grupal do ser humano. Antes haviam clãs, agora os clãs são as equipas de futebol. Antes havia guerras religiosas (bem, pelos vistos ainda hoje…) mas cada vez há mais guerras de adeptos de futebol. Todo o nosso funcionamento psicológico e social surge mais visivelmente quando se debate ou assiste a futebol (naqueles que gostam de futebol). Inclusivamente, se calhar é das actividades humanas onde erros de processamento cognitivo são mais facilmente identificáveis. Basta pensar a quantidade de vezes que chamamos “cego” ao árbitro. Será que ele não viu aquela “falta gravosa” ou será que nós é que vimos o que queríamos ver?
Imaginemos um cenário: Num Benfica-Porto, o Quaresma cai numa disputa de bola com o Rui Costa. Aposto o que quiserem que a maioria dos portistas vai gritar “falta!” e a maioria dos benfiquistas vai gritar “Fingiu! Amarelo!”. O acontecimento é o mesmo. Objectivo. Mas a questão é que provavelmente, mesmo depois das repetições em câmara lenta, a divergência na análise da situação vai manter-se. Num primeiro momento, chegamos a conclusões sem ter provas suficientes (afinal, a jogada foi tão rápida, que nem vimos bem) e as nossas crenças “o Quaresma atira-se sempre para o chão” ou “o Rui Costa não faz faltas” determina a nossa conclusão. Num segundo momento, depois da repetição, a divergência mantém-se. É que mesmo com provas (neste caso, e sendo eu portista, imaginemos que foi mesmo falta), o Benfiquista terá tendência para confirmar as suas expectativas. É que nós temos a tendência para ver nas situações aquilo que estamos à espera. No amor, uma pessoa insegura interpretará um sorriso de uma mulher como sendo de gozo. Uma pessoa segura interpretará como sendo um convite. E o sorriso é o mesmo. Nem sempre o que vemos é a realidade. Nós construímos a realidade de acordo com expectativas, aprendizagens, experiências passadas, crenças, desejos, medos.
Mas há mais no futebol: vamos aos melhores jogadores em campo ou aos piores em campo. Na Psicologia Cognitiva há uma coisa chamada “Abstracção Selectiva”. Trata-se de nos concentrarmos num pormenor, esquecendo o conjunto da situação. Por exemplo: O Lucho Gonzalez faz um péssimo jogo. Perde a bola, falha passes constantemente. Mas eis que , nos últimos 10 minutos, marca 2 golos de “bonito efeito” como dizem os comentadores. A probabilidade de nos concentrarmos nesses 10 minutos esquecendo os restantes 80 é grande. De pior jogador, pode passar facilmente a melhor jogador. A mesma coisa pode acontecer ao contrário: O Luisão faz um jogo irrepreensível, mas foi ele que perdeu a bola nas duas vezes em que o Lucho marcou. Facilmente passa de herói a besta.
Este tipo de coisas pode acontecer a árbitros. Um árbitro pode fazer sobregeneralizações: percebeu que um jogador atirou-se ao chão de propósito e então interpreta cada queda desse jogador como sendo teatro, mesmo que não o seja. A partir de um acontecimento, generaliza aos outros. O mesmo pode acontecer a jogadores, que falham um penalti e depois acham que irão falhar sempre os penaltis.
Como se vê, há muito de psicologia no futebol, dentro e fora de campo. Até mesmo nas perguntas dos jornalistas: Ao perguntarem insistentemente se o Paulo Bento tem condições para continuar, estão a dizer que acham que não tem. Se ele for despedido, confirmarão as suas expectativas. Se não for, racionalizarão de outra forma, explicando a permanência duma outra forma, não necessariamente relacionada com as condições iniciais…

Publicada porVictor Silva à(s) 19:18 0 comentários  

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